Apesar de eu não seu um pai desesperado (ou pelo menos não demonstrar para ela), eu fico preocupado que ela possa cair e se machucar. Apesar que cada dia ela tem um machucado novo na perna e há momentos que chega a ser engraçado ela querer se produzir, se pintar, se arrumar e as canelas todas machucadas, mas eu não falo nada. Deixa assim.
Retirei a última rodinha de apoio e falei para ela "Tome cuidado!". E lá foi ela com sua bicicleta rosa, claro que fui atrás dar uma olhada. E não é que ela sabia mesmo? Claro que dava uma balançada na saída e a chegada sempre me deixa apreensivo. Eu lembro daquele Pelicano do desenho do Pica-Pau (ou era do Picolino?). Mas até o momento foi tudo bem. Fiquei contente por ela ter conseguido, e ela também estava, pois me disse que "É muito legal andar sem rodinha!".
Hoje, estava eu no meu quarto/escritório/reino quando a ouço chamar lá fora. Abri a janela e lá ia ela com a bicicletinha novamente gritando pra mim: "Pai! Se precisar de mim tô aqui fora!". Claro que falei um "Beleza, cuidado!" e fiquei olhando ela montar e sair. Visto do alto é uma visão diferente, um ângulo que normalmente não apreciamos. Ela na sua bicicletinha naquela imensa rua foi estranho de ver. Mas ao mesmo tempo tão reconfortante e libertador. Libertador saber que ela se livrou dos seus primeiros apoios. Ah! E engana-se você, amigo(a) que está lendo isso, se pensa que eu ficava em cima dela segurando a bicicleta para que aprendesse a andar sem os apoios. Não! Eu ensinei a andar, e quando percebi que já sabia ir sozinha ficava ao longe. O mesmo fiz com os apoios, retirei o primeiro e fiquei olhando. Nada de correr atrás (uma que o físico não ajuda) ou segurar a bicicleta. Não. Ela vai cair muito nessa vida. E eu nem sempre estarei lá para ajudá-la. Me resta ensinar a levantar, sem precisar de apoios, muletas ou terceiros.
A nossa regra quando cair é: saiu sangue? Por acaso aparece o osso? Não? Então tá tudo bem, vai lá! Pode parecer estranho, não é? Mas não é. Faço isso quando vejo que não nada grave e para que todo o drama acabe. Mas criança é um bicho ruim, não é? Apenas um dia depois que retirei a última rodinha ela me fala que já sabe "empinar" a bicicleta quando sobre na calçada. Mas não é muito abuso???? Claro que falei meio ríspido e depois dei uma risada escondido. Criança é tudo igual.
Vendo-a lá embaixo na rua, toda segura de si com aquela bicicleta, fiquei pensando por quais motivos não poderia ser assim tão fácil depois que nos tornamos adultos. O que diabos aconteceu nesse caminho que perdemos toda essa segurança - e quem sabe -, e todo esse sentimento de "sem noção do perigo" que as crianças tem? E recolocamos as rodinhas????
Hoje, estava eu no meu quarto/escritório/reino quando a ouço chamar lá fora. Abri a janela e lá ia ela com a bicicletinha novamente gritando pra mim: "Pai! Se precisar de mim tô aqui fora!". Claro que falei um "Beleza, cuidado!" e fiquei olhando ela montar e sair. Visto do alto é uma visão diferente, um ângulo que normalmente não apreciamos. Ela na sua bicicletinha naquela imensa rua foi estranho de ver. Mas ao mesmo tempo tão reconfortante e libertador. Libertador saber que ela se livrou dos seus primeiros apoios. Ah! E engana-se você, amigo(a) que está lendo isso, se pensa que eu ficava em cima dela segurando a bicicleta para que aprendesse a andar sem os apoios. Não! Eu ensinei a andar, e quando percebi que já sabia ir sozinha ficava ao longe. O mesmo fiz com os apoios, retirei o primeiro e fiquei olhando. Nada de correr atrás (uma que o físico não ajuda) ou segurar a bicicleta. Não. Ela vai cair muito nessa vida. E eu nem sempre estarei lá para ajudá-la. Me resta ensinar a levantar, sem precisar de apoios, muletas ou terceiros.
A nossa regra quando cair é: saiu sangue? Por acaso aparece o osso? Não? Então tá tudo bem, vai lá! Pode parecer estranho, não é? Mas não é. Faço isso quando vejo que não nada grave e para que todo o drama acabe. Mas criança é um bicho ruim, não é? Apenas um dia depois que retirei a última rodinha ela me fala que já sabe "empinar" a bicicleta quando sobre na calçada. Mas não é muito abuso???? Claro que falei meio ríspido e depois dei uma risada escondido. Criança é tudo igual.
Vendo-a lá embaixo na rua, toda segura de si com aquela bicicleta, fiquei pensando por quais motivos não poderia ser assim tão fácil depois que nos tornamos adultos. O que diabos aconteceu nesse caminho que perdemos toda essa segurança - e quem sabe -, e todo esse sentimento de "sem noção do perigo" que as crianças tem? E recolocamos as rodinhas????
Elas não ligam.
Elas parecem não ter medo.
Se divertem com tudo.
Vão pra cima e depois veem o que acontece.
Quando perdemos tudo isso?
Hoje em dia somos um bando de bundas-moles que tem medo de tudo e de todos. Pensamos várias e várias vezes em algo antes de fazer, colocarmos os prós e contras na ponta do lápis, fazemos estatísticas e gráficos, ignoramos nossos sentimentos e desejos, e para que? Para nada. Já que na maioria das vezes não decidimos nada, não podemos escolher muitas coisas nem ao mesmo nos divertir. Nosso tempo é escasso e o dinheiro mais escasso ainda. Ah! Se houvesse test-drive de vida! Eu aposto meus "dé reaus" como muita gente deixaria para lá e viraria as costas. Por isso que acredito que Gonzaguinha (brilhantemente) conseguiu decifrar um dos "grandes mistérios", o segredo da vida.
O Que É, O Que É?
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita
Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!
E a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita
Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!
E a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita
Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
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