segunda-feira, 10 de março de 2014

Não interessa quem morreu, eu quero é chorar.

Minha mãe dizia que eu era uma daquelas crianças chatas que viviam enchendo o saco com os malditos "porquês". Perguntava tudo, queria saber como funcionavam as coisas, de onde vinha tal coisa e por ai vai. (Se eu tivesse percebido isso antes, acho que algumas coisas seriam diferentes, mas blz... Deixa rolar.) Eu sempre queria saber das coisas, e muitas vezes exigia provas. E agora, ficando mais velho, eu estou ficando ainda mais chato. 

Nunca estudei política. Não sou cientista político. Não sou aqueles "pesquisadores" ou "sociólogos". Mas eu gosto de saber, gosto de tentar entender. Isso é fato. Sei que a política é complicada, sei que é uma "arte milenar" e sei também que não é qualquer "boca-rota" que se dá bem nesse meio. 

O que me incomoda é fato de ver tanta coisa errada e tudo ser tratado na maior naturalidade. "Ah, aqui é assim mesmo.", "Politica é isso mesmo", "Ah, não quero saber disso, não me interessa". E por ai vai... Esses são apenas alguns exemplos do que ouço. Eu realmente não importo se é o PQP, o VTNC, ou PFS se fizessem algo realmente bom. O partido do governo não foi escolhido pela maioria, só olhar os votos. Infelizmente nosso povo não se importa com isso e por votar branco e nulo acaba dando a vitória para quem a maioria não quis. É complicado. 

É fato que a situação não é de hoje. Não é culpa de partido A, B ou C. Isso vem de anos... Muitos anos. Diria eu desde o ano de 1500. Mas não sei se podemos culpar Cabral. Se fossem os ingleses, será que estaríamos tomando chá das cinco e ouvindo Rolling Stones ao invés de Sorriso Maroto? E se fossem os holandeses? Estaríamos fumando um sem problema e usando tamancos? (ok, os tamancos foi zoera). Não sei. Não tem como saber. O que eu sei é que nós deixamos chegar no estado que está. E queremos jogar a culpa em alguém e esperamos ansiosamente que alguém apareça do nada e resolva tudo (eu espero isso), mas sei que não é assim que funciona. A banda não toca bem assim. 

Sempre foi assim. O partido A está no poder, o B acusa e cria mil problemas e jogar muita coisa no ventilador. Quando o B está no poder o A faz o mesmo que o B fez. E quem perde nisso? Nós. Sim, nós, a população. Ficamos esperando melhorias. Soluções. Menos burocracia. Direitos (já que deveres temos muito). Torcendo por um aumento de salário de vinte reais. Esperando que juros caiam e não aumentem e por ai vai. 

Todos nós temos direitos e deveres. E o mesmo deveria acontecer com o Estado. Ele deveria nos dar o mínimo essencial, e nós deveríamos ir atrás do resto. Mas esperamos que ele nos dê tudo. Será que isso é justo? O certo não seria o Estado dar condições e nós corrermos atrás do resto? Não? Pode ser loucura da minha parte, mas acredito que poderia ser assim. 

O que vejo é um enorme desperdício de energia, tempo, dinheiro. Discussões sem fim. Acusações. Fanatismo na defesa de um partido. E onde isso leva? À lugar algum. Continua tudo como está.

Houve avanços? Isso é claro e notório. Senão, estaríamos morando em cavernas e falando uga-buga. Mas o avanço tem que continuar. A tecnologia está ai. As condições são outras. Precisamos acompanhar. Precisamos ter uma vida digna. Acho que esse seria o foco principal. Por isso não me importa qual serja o partido, qual a cor dele, ou o sexo de quem senta na principal cadeira do nosso país, desde que faça algo para o povo. Por isso eles estão lá. 

Você pode achar esse texto idiota, imbecil e até mesmo utópico. Pode ser. Não tem problema. Mas se pelo menos uma pessoa ler isso e questionar, para mim já valeu ter escrito.

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