sábado, 14 de janeiro de 2017

Ela

Primeiro texto do ano, ou melhor, primeiro rascunho. Depois de algumas alterações e ajustes ficou assim. Nem sempre um texto vem formatado, às vezes vem a ideia ou uma frase, o exercício e desafio é lapidar o que temos na mão. Achei legal o resultado mesmo ainda achando que ainda pode ser trabalhado.




Ela

Como injusta és tu
Que impede de provar de certos lábios
Que não deixas conhecer outros afagos
Que não deixas, nem mesmo
Esse sentir outros perfumes
???
Quão injusta podes ser tu
Que impede o prazer de alguém
Conhecer outros mundos,
Outros sotaques, e
Saborear outras delicias
???
És mestra de maldades e sadismos
Mas disfarça-as de regras
Impedindo, assim, qualquer um
De sentir-se realizado
Despejando toda culpa sobre seus ombros

Tu, mais que ninguém,
Deveria ser a mãe das oportunidades
Aquela que concede-nos a liberdade
De desbravar mundos e sentimentos
Não nos jogar na cara o que não podemos ter
!!!
Numa alegria mórbida
De quem gosta de fazer e ver outros sofrer
Tu, Vida, tinha a obrigação de fazer-nos felizes
Mas deu-nos uma falsa liberdade
Preferindo ver-nos sofrer

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