quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Meu texto na Olimpíada de Redação 2015

Texto que enviei para a 11ª Olimpíada de Redação de Jundiaí, infelizmente não foi escolhida, mas quem sabe na próxima. 

O tema foi: O mistério da relação HOMEM-NATUREZA: domínio ou submissão?. Com o seguinte subtema de acordo com a faixa etária:


Já não há meio ambiente... Mas preservemos o terço de ambiente que nos resta, nem tudo está perdido! A preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias que fazem toda a diferença. Preservar o meio ambiente é preservar a VIDA, desta e das demais gerações. Saiba diferenciar: VOCÊ QUER ou VOCÊ PRECISA? Pequenas mudanças fazem toda diferença no cotidiano do nosso planeta! Considerando a temática em questão, escreva uma crônica abordando um fato do dia a dia que ilustre a relação do homem com a natureza, desvelando suas necessidades, crenças e, principalmente, seus mistérios.




"O descaso de hoje e suas consequências

Havia um tempo onde os recursos naturais eram encontrados de forma abundante. Grandes florestas e matas, animais de várias espécies, água limpa e inúmeras nascentes, uma grande quantidade de peixes e frutos do mar, um ar puro e limpo que preenchia os pulmões e fornecia energia para seguir em frente. O ecossistema funcionava, tudo era completo.

Ana sabia disso. Mas apenas por ter lido em livros e anotações de outras pessoas. Hoje a realidade dela é bem diferente dos registros. Segundo alguns relatos, com o tempo esses recursos foram exaurindo-se. Devido a tantas revoluções e guerras tudo foi sendo destruído. Não havia um pensamento preservacionista. Achavam que não havia a necessidade de cuidar. Na mente das pessoas que julgavam-se entendedores os recursos eram inesgotáveis e por mais que usasse-os a grande Mãe Natureza iria repor esses recursos, alguns deuses e santos também carregavam esse fardo de cuidar do meio ambiente.

Os anos foram passando e os recursos foram usados. Não havia limites. Algumas pessoas avisaram: “Precisamos rever esse conceito. Esses recursos não são inesgotáveis como muitos acham. Temos que pensar nas gerações vindouras.”. Riam. “Loucos, insanos. Como podem pensar assim? Temos tudo aqui, podemos usar o quanto quisermos, tudo se renova.”, diziam. Isso não chega a ser uma inverdade. Mas, a partir do momento que tudo é usado de uma maneira sem controle, não há como renovar em tempo hábil.

Veio a explosão demográfica. Prédios e casas no lugar de florestas. Derrubavam matas para construção de indústrias. Nunca se viu uma quantidade tão grande de carros nas ruas. E com isso, mais e mais gases poluentes eram lançados na atmosfera. Detritos espalhados por todo lugar. Lixo era produzido a toneladas. Onde depositar todo esse lixo? Aterros foram criados. E com os aterros vieram os problemas de saúde. Ao chegarem a sua capacidade, esses aterros eram desativados. Anos mais tarde tornariam-se parques e bairros. Cidades inteiras praticamente construídas sobre lixo. O esgoto era lançado nos mares, rios e lagos sem qualquer tipo de tratamento. Rios antes navegáveis e repletos de peixes não passaram de esgotos a céu aberto atraindo animais causadores de doenças e exalando aromas desagradáveis. A população se via cada vez mais encurralada. Não havia muito para onde ir. A temperatura do planeta subia. As marés mudaram. Chuvas ácidas em vários lugares do planeta. E os recursos naturais diminuindo exponencialmente. Era preciso fazer algo. A situação chegou a um nível nunca antes imaginado. Todo sonho de progresso mostrou-se como o causador da deterioração do planeta. Animais deixaram de existir. Alimentos não eram mais possíveis consumir. A falta de outros ocasionava um aumento absurdo nos preços. Várias famílias vivendo na miséria.

Reuniões e congressos foram realizados. Os grandes líderes mundiais dispostos a ouvir os maiores especialistas em diversas áreas. Em resumo, não seria possível fazer muita coisa. Camada de ozônio destruída. Como repor essa camada e impedir os raios nocivos adentrar nosso planeta? Chegaram a um tratado para diminuir a emissão de gases poluentes, mas alguns dos países mais poluentes não assinam. Como resolver esse problema então? Mais congressos. Mais reuniões. Mais incentivos. Nem tudo adianta. Anos de conversas e poucas soluções práticas.

Ana sabia de tudo isso. Ela recebeu um mundo destruído. Vive agora em um laboratório gigante instalado em uma área específica do planeta onde tentam restaurar o que foi perdido. Florestas, animais, alimentos, água. Fora daquela redoma não existe muita coisa. O pouco que restou da civilização vive de maneira precária. O ar não é puro, muito menos a água. Alimento é escasso. Em alguns lugares é a lei da sobrevivência que comanda. É matar ou morrer. Mas ela está tentando fazer com que o meio ambiente se torne inteiro novamente. Ela não está só. Está com outros loucos e insanos que acreditam que possam fazer da Terra o planeta que era anos atrás. O planeta dos seus pais, ou quem sabe o planeta de seus avós. "

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